sábado, 11 de abril de 2015

REEDIÇÃO (UMA MENSAGEM QUE FICOU POR AQUI...EM RASCUNHO)

SEGUNDA-FEIRA, 28 DE SETEMBRO DE 2009

Não sei porque artes mágicas, talvez os vossos pedidos, hoje acordei como não me lembrava há meses, e arriscava mesmo…anos.
Acordei sem dores. Acordei para tomar a medicação do jejum do pequeno-almoço. Levantei-me e fui abrir a janela, para que entrasse luz e ar, sempre o ar.
Voltei para a cama, para preguiçar. Preguiçar é algo que tenho tentado fazer e não consigo há imenso tempo.
Claro que voltei para a camita, mas deitei-me direitinha por causa das minhas vértebras de estimação.
Lá fiquei mais um pouco. Depois levantei-me a sério para tomar o resto da medicação e o pequeno-almoço. Andei pela sala a ver notícias, sem pensar nelas. Sempre com uma sensação estranha de bem-estar.
Tomei banho. A minha mãe ajudou-me a calçar as meias, hoje de descanso. As pernas e pés têm vindo a desinchar bastante. Consigo obter mais mobilidade e resposta a estímulos da perna e pé esquerdos, do que do direito. Desde esta história e dias de muito mau estar com a diarreia, aconteceram coisas estranhas. Aliás, esta conversa é estranha. Parece que os líquidos que foram embora foram os certos: dos pés, pernas, braços, abdómen. Perdi 5 kgs de água e volume.

Bem, esta semana é suposto tomar mais corticóides e fazer outro tratamento. Isto significa que vou voltar a inchar, mas se voltar a amiga que é dispensável leva com o imodium em cima que é para aprender!

No meio disto tudo, nem sei como fico nesse campo, se entupo, se desentupo ah ah.

Este fim de semana nem sequer tive coragem/vontade de passar pelo jardim e ir ao quintal. Tinha medo. Parecia que me faltavam as forças nas pernas. Vi-me aflita para subir as escadas para ir votar. Sei que tenho alguns direitos de ajuda neste caso, mas estive até á última da hora a ver se ia ou não votar, por isso, não tinha contactado ninguém. Quanto é utilidade do voto e do próprio processo democrático não pretendo tecer valores nem comentário de género algum.

Quer isto dizer que desperdicei 2 dias de sol, mas a motoreta não dava mais.

Vamos ver se faço algo de útil para a sociedade.

Estou a deixar de fazer tanta coisa que fazia que até as linhas de croché andam tontas! Devem sentir saudades minhas. Tal como os pincéis, as ferramentas, a esfregona e tal…

Pois é. Afinal eu vivia muito, a fazer muita coisa. Agora, estando acordada, I wonder what to do with myself. Cada vez que me esqueço do que não posso fazer, o tumorzinho do ombro esquerdo parece mais palpável, como uma bandeira, só para chatear.

Continuo a achar piada a pessoas que me perguntam amavelmente "dos meus horários". Meus querrridos, que rrrraaio sei eu dos meus horrrrárrrrios? Sei lá o dia de amanhã

Beijinhos e abraços a gosto.