sábado, 30 de outubro de 2010

A CANDLE IN THE WIND


Era suposto não voltar aqui, mas nestes dias, que se aproximam, é difícil evitá-lo...Tentei "postar" um vídeo de Elton John, mas não sei fazê-lo. Fica a intenção. Em seu lugar deixo flores para a minha querida filha:

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PROMESSAS - "TESTAMENTO"

Promessas - "Testamento:"

Já algum tempo atrás prometi que ia pensar se publicava ou não os restantes "escritos" que a Susana deixou em vários livrinhos e cadernos. São muitos ...

Um deles é uma espécie de testamento intitulado "A Meus Pais", com data de 21 de Outubro de 2009. Diz muitas coisas e, sobretudo, diz-nos qual o destino que devemos dar, se quisermos, a tudo o que deixa:

Escreveu códigos, palavras-chave, e, indica pessoas, da sua confiança, a quem devemos recorrer em caso necessidade. Até hoje não foi preciso, e ainda bem, essas pessoas eram amigas da Susana e já não se lembram que existimos. Aprendi a "desenrascar-me" sózinho e muito cedo ...

Relativamente aos "escritos" que escreveu , diz assim:

"Tenho também espalhados por vários sitios, cadernos com maluqueiras que me dava para me escrever. Tinha a esperança de um dia publicar. Mas também como , nos dias hoje, qualquer um escreve um livro, achei que não valia o esforço. O que aprendi em literatura faz-me desconfiar desta abundancia de livros que grassa por ai. De qualquer modo, punha-me escrever e a inventar.

Mas e fácil: É identificar, ver se são das Finanças. Se não, lixo com os "caderninhos e cadernões ".

Como é evidente não destruirei os "caderninhos e cadernões", mas vou guardá-los numa caixinha, sem publicação.

Além daqueles, durante o período em que já não conseguia usar o computador, escreveu uma espécie de diário, onde descreveu tudo o que ia acontecendo, em pormenor.

Então isso, nem pensar, iria levantar problemas e ferir susceptibilidades de, e, em pessoas que ainda estão a passar por situações semelhantes.

DESCULPEM, mas não quero ofender nem melindrar ninguém.

Por tudo o que fica escrito não vou publicar mais nenhum dos escritos da Susana.

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Relativamente ao "Angelito", depois de matutar sobre o destino que lhe vou dar, concluí que o vou suspender, ou melhor, fechá-lo a comentários, dentro de duas semanas.

Já criei um meu... Vão descobri-lo sem dificuldade.

Ainda não está completo. É apenas o esqueleto. Irá sendo melhorado à medida que for capaz.

A todos os que têm seguido este blogue estou muito agradecido pelo apoio que prestaram à Susana, nos momentos difíceis por que passou e quando mais precisava.

OBRIGADO.

Não os vou abandonar. Continuarei a segui-los, sem inibições ou restrições, através do meu blogue, que irão descobrindo...

Terei o todo o gosto em recebê-los na "minha" nova casa.

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Obrigado por me aturarem

Beijinhos e abraços

O pai Bártolo


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SOLIDARIEDADE

SOLIDIDARIEDADE… QUER COMPRAR UM ALMANAQUE?

Não tinha qualquer intenção de trazer ao conhecimento de todos este facto, mas depois de ler o que aconteceu à Maguie, e para que a nossa amiga deixe de matutar aqui vai. É que acontece a todos:

Pois, como sabem ontem passaram sete meses. Como tal fomos à missa a S. Julião, na Figueira da Foz, ao meio dia, que também era por intenção da Susana.

Não sei por que carga de água, senti-me mal, consegui sair da igreja e sentei-me nos degraus da porta principal, mal disposto e quase a desmaiar. É que a minha tensão tem andado muito baixa (60-80), às vezes chega aos 80-100

Pois ali estava eu “à rasca” e chega-se uma senhora, daquelas solidárias que vendem almanaques, e: “o senhor está mal”, “estou, estou muito”; “não me quer comprar um almanaque”, “podia ir ao centro de saúde que eles devem estar abertos”.

Não perguntou se precisava de ajuda. Se precisava, por exemplo, que fosse aos bombeiros, ali mesmo em frente… o que eu naquela altura não conseguia fazer.

Acabei por recuperar, fui para casa, e o almoço programado num restaurante … ficou para as calendas.

Pois esta é a solidariedade que temos.

domingo, 10 de outubro de 2010

"DANIEL LIVRA DA MORTE A SUZANNA"

Existe cá em casa uma BIBLIA DA INFANCIA, edição de 1874, que era do avô da” Mãe Guerreira” e que este lhe ofereceu.

A mesma foi conservada e há alguns anos que estava exposta numa vitrina. Vi que estava aberta, mas nunca tinha efectivamente reparado no conteúdo da página.

Um destes dias peguei nela, li, pareceu-me que seria um pedido de ajuda da nossa Susana, pois foi ela que a abriu naquele sítio e, por isso, resolvi trazer o seu conteúdo até vós.

Aqui vai, no dia em que passam sete meses.

Descansa, agora em paz, minha filha, pois, como SUZANNA, também tu foste livre do sofrimento que não merecias:

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«“DANIEL LIVRA DA MORTE A SUZANNA”

Havia entre os captivos da Babylonia um homem chamado Joakim, que tinha casado com uma mulher chamada Suzanna.

Iam os judeus muitas vezes a casa de Joakim, porque entre os seus irmãos era elle a pessoa mais notável, e em sua casa é que se administrava a justiça. Dois velhos, que haviam sido constituídos juízes, e por isso iam muitas vezes a casa de Joakim, tendo concebido a intenção de fazerem commetter a Suzanna um enorme crime, como esta mulher temia a Deus, jámais quiz consentir em tal.

Cheios de ira, aquelles infames velhos, para se vingarem, resolveram perder Suzanna. Achando-se um dia no seu jardim ao mesmo tempo que ella, entraram a gritar de sorte que os servos da casa acudiram todos, e os velhos juraram terem visto Suzanna commeter um acção abominável.

Na manhã do seguinte dia, tendo-se o povo com os velhos reunido, para julgarem Suzanna, sendo ella chamada, veiu, e com ella seu pae, sua mãe e toda a familia.

Trazia Suzanna o rosto coberto com um veo; seus pães, e todos os que sempre a tinham conhecido tão virtuosa, derramavam lágrimas, considerando a sua infelicidade. Os dois velhos, levantando-se no meio do povo, puzeram as mãos sobre a cabeça de Suzanna, a qual chorando levantou os olhos ao ceo, porque o seu coração tinha no Senhor uma firme confiança.

Entretanto toda a assembléa, tendo ouvido a acusação dos velhos, creu o que elles disseram, porque eram os juízes do povo, e condemnaram a morrer Suzanna.

Ouvindo Suzanna esta sentença, deu um grande grito. «Deus eterno, exclamou ella, que penetraes o que é mais occulto, e conheceis todas as coisas inda antes de ellas serem feitas, vós sabeis que teem proferido contra mim um falso testemunho, e eis aqui morro, sem nada ter feito de tudo quanto tão maliciosamente teem inventado contra mim.»

Com effeito, ouviu o Senhor a sua oração, e vingou a sua innocencia. Quando a conduziam à morte, fez que aparecesse Daniel, que em alta voz bradou: «Estou innocente do sangue d’esta mulher.»

Logo todo o povo se voltou para elle, e lhe disse: «Que querem dizer essas palavras?» Daniel estando em pé no meio d’elles, lhes respondeu: «É pois tão pouca a vossa sabedoria, que d’essa sorte, sem conhecerdes a verdade, condemnaste uma filha de Israel? Tornae atrás, para julgar de novo por que proferuram contra ella um testemunho falso.»

Em consequência d’isto voltou o povo mui à pressa, e disseram a Daniel os velhos: «Vinde para aqui, e tomae assento entre nós; instrui-nos já que Deus vos tem dado a honra da velhice.»

Disse Daniel ao povo: «Separae-os um do outro, e eu os julgarei.» O que tendo-se executado, Daniel os fez vir cada um por sua vez, e disse ao primeiro: «Homem, que te tens feito velho na malícia, que arvore era essa debaixo da qual vistes esta mulher commeter o crime?» «Debaixo d’uma aroeira,» respondeu elle.

Fazendo depois vir o segundo, dirigiu-lhe Daniel a mesma pergunta e logo elle lhe respondeu, que fora debaixo d’uma azinheira.

Immediatamente todo o povo deu um grande grito, e louvaram a Deus, que salva a todos os que esperam n’ele. Unanimemente se levantaram contra os dois velhos, porque Daniel os tinha convencido por suas próprias boccas, de terem proferido um testemunho falso. Fez-se soffrer àqueles juízes iníquos a pena que tinham querido fazer soffrer a Suzanna, e o sangue innocente foi salvo n’aquelle dia. »

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O pai Bártolo

sábado, 2 de outubro de 2010

MAIS UM ...

Do resto das minhas artes, deixo-vos esta paisagem, em vitral
Bom fim de semana
O pai Bártolo